Não sei o porquê, mas é recorrente os maus-tratos e a falta de educação de vendedores e funcionários de shopping e centros comerciais em minha cidade. É um fato interessante. Em um mundo ideal. todo cliente gostaria de ser bem tratado e todo vendedor adoraria agradar. Mas Salvador, não.
Hoje, dia 24 de dezembro, véspera de Natal, fui ao maior shopping da cidade, em busca de presentes para alguns familiares, primeiramente, parei em uma livraria. E aí começou o desconforto acerca do que foi dito acima.
Já dentro do recinto, me dirigi a uma vendedora, essa estava verdadeiramente vidrada no computador. Pensei "Diante de tanta concentração, certamente, ela só poderia estar fazendo duas coisas: assistindo a um vídeo pornô ou checando o WhatsApp Web." E errei miseravelmente, a moça estava apenas usando o sistema da loja. Perguntei a ela onde se havia na loja um livro, ela simplesmente respondeu: "Sim, naquela prateleira.", solícita, não é? Não! Não se tratava de uma prateleira qualquer, era gigantesca. Parecia uma muralha de livros (eu tenho 1,70m. Tudo se torna grande). Eram todos os tipos de poesia compactadas em uma grande estante de livros. Se tratava de poesia municipal, regional, nacional, internacional, mundial, intergalática, etc. Por sorte, encontrei o livro rapidamente.
Depois, fui comprar um kit de maquiagens para a minha mãe, diante do meu total desconhecimento com o produto, quase fui ludibriado por uma atendente. A estória é fácil e, infelizmente, comum. Eu pedi qualquer delineador, que fosse barato. Tinha um de 35 reais e achei um bom preço, quando fui passar o cartão, era 61 reais...
A essa hora eu já estava de saco cheio de shopping e a única coisa que me faria feliz era ir pra casa, mas eu precisava comprar uma embalagem para o livro. Fui em uma loja especializada nisso. E, pra minha inteira felicidade, FUI BEM ATENDIDO! É algo tão raro, mas tão raro, que se torna motivo de comemoração. Chegando na loja, fui abordado por ela, bonita e aparentemente nova. Talvez nova também no emprego, já que transbordava simpatia e nervosismo (me saudou com um boa noite em plena três da tarde). Ponto positivo: Sorrimos. Ela perguntou o que eu queria embrulhar, mostrei o livro dentro da sacola, e ela já respondeu "Ah, eu adoro esse livro!". Difícil acreditar, porque a capa do livro estava virada ao contrário. Outro ponto positivo. E o atendimento continuou sendo diferenciado até quando fui embora, com ela cantarolando aquelas péssimas músicas que sempre estão tocando dentro de lojas, ou fazendo algumas piadinhas com as colegas.
A verdade é que, infelizmente, continuarei indo e sendo maltratado em livrarias, lojas de esporte e, quiçá, de maquiagem, até porque apesar de ser uma capital, Salvador ainda dispõe de poucas lojas para cada ramo. Mas sei que quando eu precisar empacotar algum presente, vou na loja da moça sorridente.